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30 de junho de 2016

Instantes

Somos instantes em modo infinito.
Instantes que tornam-se infinitos ao som de uma música, de uma ação, de um prazer, de um sentimento. É como estar exposto ao sol, fechar os olhos e sentir sua pele queimar; é como se apaixonar pelo por do sol e admirar a lua;  é como respirar fundo o verde das folhas e o cheiro da chuva; é como a brisa toca seu rosto e como o vento o beija;  é como abraçar a quem se ama e sintonizar o pulsar; é como olhar nos olhos e enxergar a si mesmo; é como ouvir dentro dos silêncios, suspiros; é o riso sem motivo; é simplesmente ser infinito. Somos instantes, infinitos.

5 de junho de 2016

A (sort of) monologue

Destiny. I truly believe in destiny.
People often use coincidence to talk about destiny, but that's just a way that people like to put something that they didn't like and didn't work for them. But the thing is: destiny is life.
Destiny is about decisions that you make through life, in good and bad moments, when you need or when you want, and destiny works the way it needs to work, when the decision is made for yourself.
Manipulate your will, wishes or needs just make the destiny fail, and so the situation changes and what is left? A lie. So destiny is over on that moment.
It happens when you changes your opinions and thinking, your gestures and manias because of something on the outside. Words need to be use when you need and you want to use. A CURSED WORD, is important if you want to say that, FUCK. FUCK. Or just a please and thank you. But the thing is: you need or want this.
What? No, I'm not crazy. I know that's what you're thinking, I know you're putting this on your paper. I don't care. I'm just seeing things the way they are. Look! LOOK! It's so much easier when you're open for -.
So destiny. I believe in destiny. I believe destiny is always changing, and when you are not truly with yourself it disappear and an empty room with silly and pointless thoughts is left.

27 de maio de 2016

Conceito amassado, engolido, vomitado novinho em folha como analogia.

A ideia da estátua viva é engraçada. Viva mas parada. Viva mas sem expressão, sem movimento, sem respiração. 
Olha, ela se mexeu. SE MEXEU. 
Não vale a minha moeda de cinco centavos no bolso, não sabe fazer o trabalho direito. Não sabe ficar parado a estátua VIVA. Vivíssima. 
Encenação sem ouro.
O que será dessa estátua viva sem nome? Desconhecida. O amor da sua vida passa mas ela está lá, parada, fazendo seu trabalho, vivendo o não movimento. NÃO SE MOVA, estátua viva. 
Quem sabe ele um dia volta, no momento da respiração, e a agarre pelos braços e juntos felizes para sempre? 
JAMAIS. 
A estátua viva é parada, o cerne dos cinco centavos a cada meia hora. Do sol escaldante junto da maquiagem pesada, que resultam em manchas pela pele. Manchas, marcas, resquícios do passado que não vive, só passa, mas ela está viva. VIVÍSSIMA.
É ESTÁTUA VIVA, MINHA GENTE. Estátua viva, que morre aos poucos, parada, e culpando os outros e que vive dos outros, que se veste todos os dias esperando um milagre que não vem nem aos poucos. 
Estátua viva que morre, sem dar um passo, sem dar um sorriso, sem arriscar um movimento. 
Estátua viva sem vida. Estátua eu. Estátua você. Morre aos poucos sem viver. 

26 de maio de 2016

Catando o pó.


NÃO! Não dá, esse passado que vive a me chamar.
Que me fez aventurar-me com as palavras, coisa a qual definitivamente não fico à vontade.
Mas é! Ele transborda, como vazante de rio, de usina; analógica e erroneamente, preciso transformar essa energia (quase) térmica em energia mecânica. Vamos escrever.

Meus pensamentos parecem pó soprado ao vento. Tantos e tão desconexos que pairam confusos em espirais, rodamoinhos e cicloides. Mas preciso baixar um pouco a poeira, PARA! O que faço é menos que compor e mais que escrever, acredito. Estou sufocada pelo inalar desse pó, preciso cessar essa ventania, interligá-los numa aglutinação molecular, mas não sei como, então tento catar os grãos. Mas mal e mal consigo catá-los, que organizá-los torna-se infinitamente mais difícil. Desculpa, fantasma leitor, por te enrolar tanto, lhe dizer essas prolixidades dessa maneira tão deficiente do uso da expressividade. Queria eu saber usar as palavras, puramente como as são, sem todas essas analogias e imagens e afins. Já quis que assim soasse bonito (comparação com represa, pó, vento) mas é só minha incapacidade de fazer-me entender, preciso desses recursos visuais, é-me o caminho mais fácil. Não que eu acredite que a escrita necessite ser feita pelo caminho mais difícil, pelo contrário, mas ela necessita de recursos: vocabulário, expressão, pontuação. Também ideias, sensações, sarcasmo e emoções; de preferência, esses últimos nas entre linhas.

Certo, um grão a menos.

Como posso, tenho muito mais futuro do que passado, por que então insisto em ocupar meu presente com o que jamais acontecerá (novamente)? Será que me falta algo? Ou é só uma lição pela qual preciso passar?
Lahr, por que te dói tanto? Será que você trocou as dores do futuro pelas do passado? As dores da incerteza pelas das certezas? Não te conformas com as dúvidas que se tem ao redor da única certeza futura, o teu fim? Ou... ou o quê?

Dois grãos a menos.

A vida é assustadoramente vasta. Será que alguém já enxergou os seus limites, se é que ela os têm...?
Não, a vida é maravilhosamente bela. O tempo é curto demais. O tempo, dos sonhos é o carrasco... ou seria a ignição?
“A vida só é preciosa porque termina”. Preciosa? Por que termina? Soa-me arrogante demais atribuir o valor de algo à outra coisa que lhe é independente. A vida tem valor próprio, seja ele intrínseco, como o valor de uma moeda, ou extrínseco, como é o amor de enamorados. O amor? Sim, o amor. Afinal, não se enamora certa pessoa porque essa lhe faz bem? Seu valor não se relaciona com o bem que ela lhe provoca, portanto, algo externo à pessoa enamorada?  Sei que parece confuso, mas tente, pense nisso, tem lógica.


Mas ainda, poderíamos poupar todo esse raciocínio com a simples pergunta: Se a vida só é preciosa porque termina, tornar-se-ia desprezível se fosse infinita?



A ventania baixou. Percebi que não posso deixá-la findar-se totalmente. O pó estagna-se fora de meu alcance. Depois continuo.


Foram três grãos e meio a menos.